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Yamato Cosplay Cup

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Cosplayers do Brasil inteiro numa incrível competição!


Ruky
Quem costuma frequentar os eventos e, principalmente, o Anime Friends, já deve ter visto os cosplayers se engajando em performances super criativas no palco. Estas apresentações fazem parte de competições que analisam, além da roupa do cosplayer, o seu poder de encenação. Uma dessas competições é a Yamato Cosplay Cup, surgida em 2007, e que reúne participantes de várias regiões do Brasil, avaliando critérios como fidelidade, interpretação e criatividade.

A equipe da PIME-Tonikaku entrevistou alguns dos finalistas da edição 2015 para saber um pouco mais sobre o YCC.

A cosplayer Ruky, fotógrafa de 22 anos, e uma das presentes na final, nos contou um pouco sobre o seu início na competição: "Desde 2010 participo de competições com vaga do YCC aqui no Sul, mais especificamente em SC, foi a primeira vez que competi fora do estado, o nível em Santa Catarina sempre foi bem forte, Os participantes sempre se empenham muito na elaboração das apresentações, cenários, e na interpretação do personagem. Eu nunca acompanhei direito as seletivas passadas de outros estados, mas sempre curti ver ao vivo as apresentações da final. Neste ano, minha vaga foi em Pelotas aqui no Rio Grande do Sul, o nível dos competidores foi muito bom, eu não esperava ganhar e foi uma surpresa muito legal, pois a Moxxi é a minha personagem favorita para apresentar. Espero fazer bonito representando o sul na final este ano."

As seletivas deste ano ocorreram até o mês de Junho e todos os vencedores irão concorrer na grande final - se apresentando na categoria Tradicional e Livre, no evento Anime Friends, em São Paulo.


Blair
Os participantes e ganhadores das seletivas representam uma parcela dos cosplayers que se arriscam nas apresentações, motivados pelo desejo de dar vida aos seus personagens preferidos e pelas premiações, como foi o caso da cosplayer Blair, 26 anos, microempresária e professora de química, física e matemática. "Comecei por acaso, em 2009, quando fui com uns amigos a um evento em São Paulo, cidade onde nasci e moro. Depois do primeiro cosplay  (Vampira - X Men) nunca mais parei... Acho que já foram uns 20 cosplays. De inicio, a motivação foi um XBox 360, mas depois virou a empolgação e expectativa do público, que me motivam até hoje... Eu soube do YCC quando participei a primeira vez, em 2013, peguei a vaga por acaso e amei participar. Depois participei do YCW, ano passado, e agora estou de novo na final do YCC, e mega feliz e empolgada com o cosplay da final."

A outra parcela que vai aos eventos não costuma se apresentar no palco, às vezes por timidez outras por não ter ideia do que fazer. Muitos acreditam que é necessário ter um lado artístico/teatral mais forte. A cosplayer e empresária catarinense Adri, 23 anos, acredita que "...qualquer pessoa pode fazer cosplay e se apresentar. Acho que, na realidade, todos temos um lado artístico: cantamos no chuveiro, imaginamos discussões na nossa cabeça (sim, fazemos isso). Todos nós podemos subir lá e nos apresentar, só precisamos de um pouquinho de coragem é claro, e nos divertir também!"

Adri


Israel Melo
A afinidade com outra forma artística, no caso a dança, é que trouxe Israel Melo, 21 anos e profissional autônomo, para o mundo das competições: "Quando passei a frequentar eventos, para mim, assistir às apresentações era, e continua sendo, a melhor atração. No tempo que comecei a gostar desse hobby eu praticava dança de rua. Um certo dia meu colega me chamou para apresentar - no caso só dançar mesmo no palco - só que de cosplay. Eu topei e deu certo. O pessoal gostou! No evento seguinte decidi competir de primeira, com o meu primeiro cosplay. Tentei a sorte e ganhei a apresentação, com muita dança e zoação, e até hoje continuo me apresentando, por mais que tenha certas tretas nesse hobby eu sigo fazendo minha parte!"


Joy
E essa mesma vontade de subir ao palco pela primeira vez e se divertir é que garantiu à cosplayer mineira Joy, 21 anos, uma vaga no YCC 2015.

Ela nos contou que estava muito nervosa e até tremia, uma coisa normal para quem nunca havia se apresentado: "Pois é (risos)... essa foi a minha primeira apresentação. Eu estava muuuiittoo nervosa, então eu errei as horas das falas... mas deu muito certo algumas coisas. Meu staff que estava movendo a pedra para mim fez tudo perfeito. E eu me emocionei de verdade na apresentação e comecei a chorar... E isso ajudou muito, porque era uma parte triste da história da personagem".

E apesar do pânico por saber que se apresentará perante uma multidão no Anime Friends, as expectativas da cosplayer Joy são as mesmas de quem já está nessa estrada há mais tempo: "Apesar de tudo eu não estou indo para perder sabe. Não vou dizer que estou indo lá só pela experiência. Eu quero mostrar para quem não é daqui de Uberlândia que eu existo. E que eu vou fazer o meu melhor!".

Mas tendo coragem para subir ao palco, quais seriam, então, os principais desafios para se montar uma apresentação? Para o cosplayer Psyposer, estilista e figurinista de 29 anos "... é fazer valer o seu tempo em cena! Eu sempre encaro cada apresentação como uma chance única! Afinal de contas são 3 minutos que eu passo cerca de 5 ou 6 meses ensaiando! Tentando aproveitar cada segundo pra contar uma pequena história! O desafio maior nisso tudo é criar um enredo que quem não conheça o personagem entenda e, quem conhece, se sinta satisfeito (pegue referências ao plot da série, e etc...) tudo isso em tipo 3 minutos (risos). Comigo apresentação vazia e mal planejada não tem vez!"

Psyposer


Rafael Shepard
E a escolha de qual personagem será a apresentação? Será que é baseada na afinidade com o mesmo ou com as possibilidades de garantir uma boa nota? Rafael Shepard, designer gráfico de 25 anos, nos disse: "...geralmente quando escolho um projeto, eu viso mais o personagem mesmo. Gosto de ver o desafio que terei para confeccioná-lo e curtir a personalidade do mesmo. A apresentação sempre vem depois, tendo em vista que nem sempre é fácil criar algo que seja impactante para o público. Mas no final, é tudo muito divertido!"

Porém, você se engana caso pense que se trata apenas de uma simples imitação do personagem: as apresentações são cheias de efeitos especiais e jogos de luz, cenários, telões e elementos-surpresa. Perguntamos a cosplayer Kahsan, 24 anos e formanda em Arquitetura e Urbanismo, sobre a importância de um bom cenário para a apresentação, e ela respondeu que "...é  MUITAS VEZES apenas um tempero leve a ser salpicado por cima da performance de um cosplayer. A importância vem quando ele se torna um elemento crucial, explicativo e que tenha um valor para o conteúdo da apresentação, tal como contar uma história ou proporcionar um elemento surpresa. Gosto muito de utilizar efeitos em palco, e não apenas cenários imóveis. Acho que um bom boneco se movendo de acordo com a cena, ou várias rajadas e luzes circulando em volta do cosplayer, são capazes de tornar tudo muito mais rico, se quem estiver bolando isso souber direitinho como usar!"

E, por ser uma competição, será que há muita rivalidade entre os concorrentes? Perguntamos à Jeyke, paulista de 26 anos, sobre isso, sobre a convivência durante as competições e se ela observa os outros competidores, em outras edições, para fazer uma apresentação cada vez melhor: "Em qualquer tipo de competição há rivalidade, principalmente se vale alguma coisa. No fundo todos querem ganhar, é um modo de validar o que você faz. Mas isso não quer dizer que as pessoas não possam ser educadas entre elas, então em competições cosplay como YCC, YCW e até o WCS, que os organizadores gostam de manter os participantes juntos, todos convivem em harmonia, mas todos estão focados no seu objetivo e pedir mais do que educação um pelo outro é pedir muito. Ninguém é obrigado a ser amigo do peito e ajudar uns aos outros. O único problema dessas competições, na minha visão, é, na verdade, o mau perdedor, que depois de todos os sorrisos e elogios, fala mau pelas costas, se não obteve um bom resultado. Competição, não só no meio cosplay, é difícil, às vezes você ganha e às vezes você perde. Às vezes você entende o resultado, às vezes não: é uma coisa com que todos deveriam saber lidar. Se você acha que a competição está sendo muito injusta, o melhor é se afastar e repensar.
Agora se tratando de acompanhar as apresentações de outras edições, eu acho isso uma ideia genial. Não é fácil montar e criar uma apresentações! Não é fácil saber o que fazer no palco, então assistir várias apresentações pode te dar uma luz do que fazer e melhorar cada vez mais. É claro, que nada supera a experiência de tentar. Subir no palco e ver como funciona é preciso."

Jeyke

Mas será que pelo fato de se tratar de uma final, os cosplayers sintam alguma diferença quanto a apresentação e se sintam pressionados pela reação da imensa platéia durante a performance?  Para a cosplayer Fabi Fernandes, 29 anos, gaúcha e técnica em informática, é notada uma diferença sim: "... Na final as regras possuem algumas diferenças, como ter mais tempo pra se apresentar, poder fazer uso do telão, iluminação, etc, o que é muito legal e dá muito mais liberdade criativa pra criar a cena. Além disso o clima é diferente, uma seletiva é sempre mais tensa, mais ansiedade, já na final apesar de toda a importância, dá uma certa tranquilidade, pois já estamos lá, já alcançamos um grande objetivo, é uma honra estar competindo entre os melhores do Brasil representando o lugar de onde viemos. Fico muito mais preocupada com a performance, com que tudo saia como o planejado, a reação do público vou começar a ver e analisar depois com os videos, na hora estou tão focada na cena que nem vejo nada... (risos)".

Fabi Fernandes


Iaina
A cosplayer Iaina, designer de 25 anos, quando perguntada sobre o nível da competição aqui no Brasil, se mostrou meio chateada, mas acredita que a final do YCC deste ano, pelo seus competidores, estará bem próxima do que é visto em outros países: "Eu por muitos anos tive orgulho de dizer que ninguém tem competições cosplay do nível das brasileiras. Sempre fomos muitos criativos com inovação, efeitos, tipos de interação no palco, e irreverência nos roteiros. Alguma coisa aconteceu que os cosplayers perderem isso nos últimos 2 anos, os competidores ficaram meio acomodados a produções que já foram realizadas. Mas espero que o YCC desde ano mude isto. Tem pessoas bem fortes competindo que com certeza vão elevar o nível das apresentações."

E por falar em outros países, o prêmio para o ganhador do YCC deste ano é uma passagem para conhecer o lugar mais desejado pelos cosplayers brasileiros: o JAPÃO!!!

Para a cosplayer Mari Luna, médica pediatra, esse é um grande prêmio mas há outro bônus em se participar do YCC: "...viajar para o Japão é, sem dúvida, um grande sonho para todos que fazem cosplay. Entretanto, para muitos participar do YCC representa também a chance de realizar uma apresentação cosplay com muito mais recursos do que em uma competição comum. Além disso, o clima entre os competidores e os coordenadores é sempre muito bom, o que torna a competição muito agradável para todos, motivando mais ainda a participar a cada ano!"

Mari Luna

E nós, da Pime-Tonikaku, estaremos juntos com essa turma no Anime Friends 2015, em São Paulo! Venha você também prestigiar todos estes talentos!

Para acompanhar mais do trabalho dos cosplayers participantes do YCC que estão nessa matéria você pode ir nos seguintes links:

Ruky:
https://www.facebook.com/RukyCosplayCrafts

Blair:
https://www.facebook.com/blaircosplayuniverse
https://www.facebook.com/blaircosplay

Adri:
- https://www.facebook.com/pages/Adriana-B-Cosplays/643076552369179
- http://adribuchele.deviantart.com/
- http://worldcosplay.net/member/adrianabuchele

Israel:
https://www.facebook.com/israel.jashin

Joy:
https://www.facebook.com/jullyana.pacheco

Psyposer:
https://www.facebook.com/Psyposer

Rafael Shepard:
https://www.facebook.com/rafaelcosmaker

Kahsan:
- https://www.facebook.com/kahsancosplay
- http://higurashikahsan.deviantart.com/

Jeyke:
https://www.facebook.com/jeyke.gb

Fabi Fernandes:
https://www.facebook.com/FabiCosplay

Ilaina:
https://www.facebook.com/iainacosplay

Mari Luna:
https://www.facebook.com/mari.luna.509


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